outubro 14, 2010

Governa-me

Como podes em meu coração presenciar,
Se nem ao menos o dei a ti?
Aludi-me frente ao ódio e às trevas a que me encontro
Sou apenas um servo de vosso amor,
De Vossa Majestade, Rainha da minha ilusão.

Teus pés desnudos que atravessam o meu pensar,
Sem nem ao menos me pedir permissão.
Concessões que revigoram o teu ego,
O teu jeito surreal de me ver.

Sois apenas uma jovem a aludir-me,
A provocar desconfortos em teu reino.
Quero governar-te assim como me domaste,
Desprovido de uma madrugada insone,
Esperando a aurora crepuscular dos teus sonhos.

Sirvo-te com propósitos,
Mas sem rimas.
Sirvo-te com o esplendor de pensamentos platônicos.
Embora assuma que não és de minha graça,
Mas que sejam feitas as tuas vontades.


Oh, Doce Rainha,
Inerva-me com tuas congratulações,
Pelo menos, assim espero.
Sem o pesar de que o amanhã virá,
Para amar-te cada vez mais.


Eduardo Mulato

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