julho 08, 2010

Mal abstrato.


Viagem longa. Terras obscuras. Noites que nada tem sentido, onde a vida torna-se opaca e a morte, glória.
Acho que já passa das 02:00 da madrugada. Espero ansiosamente pela aurora crepuscular.
Morfeu não agiu sobre mim e Afrodite apresenta-se, mais uma vez, atordoada.
Madrugada noturna pensativa, ótima definição para este tempo. Pessoas ao meu lado roncam, suspiram, como se a vida fosse una, compreensível.
Mente medíocre.
Rio destas pobres mentes que vão em busca do significado das abstrações. Afinal, abstrações são definidas de maneira que sejam indefiníveis.
Egos vivem em função do abstrato, o meu, apenas suspira.
Mundo difícil.
Neste mundo, homem chora, velha infância torna-se infância velha, mulheres perdem o pudor da vida, religiões são movidas pela morte, homens vendem sonhos, segundo Augusto Cury, e crianças, cujo brilho dos olhos se apagou devido a um meio que as obrigaram amadurecer cada vez mais rápido e do modo mais difícil, tirando-lhes a esperança e a essencia infantil.
Mal de mundo sórdido.
Mal de mundo moderno.
Mal abstrato.