fevereiro 21, 2010

Pratique...


Praticar é uma coisa tão simples que a gente acaba esquecendo sua importância. Você fazia toda hora quando era criança. E deveria continuar fazendo sempre. Dê uma olhada nas suas fotografias: você está sempre praticando, surfando, mergulhando e sorrindo. O problema é que, quando crescemos, praticar vira mais um compromisso. E, como todo compromisso, tentamos adiar. Por isso, as garagens estão cheias de bicicletas enferrujadas, pranchas largadas e pés de pato abandonados. Praticar não é uma causa. Mesmo assim, nós somos a favor. É quase impossível explicar a sensação que dá. Felicidade, paz, sossego. Cada um chama de uma coisa. Nós chamamos de viver. Seu tempo livre é valioso. Pratique.

fevereiro 13, 2010

Solidão – Sentimento que invade.



Meia noite, momento de reflexão. Deito, olho para cima. Penso.
Na semana antecessora ao carnaval, conversei com uma amiga sobre auto-suficiência em sentimentos, e sobre isso, me fez uma pergunta:
-Você é feliz?
Nunca ninguém havia me indagado por esse assunto, fiquei sem saber o que falar. Gaguejei. Balbuciei.
Acho que minha vida vem passando por um processo de adaptação ao vazio. Sinto meu corpo oco, sem áurea, sem sentimentos, sem alegria.
Este sentimento toma conta do meu ser como o sol toma conta do seu sistema, irradiando todos os pequenos espaços que apresentam resquícios de vida e deixando-me um ser inóspito por apresentar apenas sintomas da solidão.
Por que me sinto tão solitário? Será que é por falta de amor? Será que é a compaixão? Ou a falta de pessoas que poderiam estar próximas?
Gente próxima a mim não falta; amor pode ser; compaixão, certeza.
Ando no ermo observando as pessoas por onde passo, fazendo-me a pergunta: elas são felizes ou são companheiras de “ermismo”? Ao observar, chego à conclusão de que o ser humano é o ser mais perfeito que existe. Pois, possui a “incrível” capacidade de ser falso, de mostrar o seu lado feliz, sabendo que sofre por dentro, sendo corroído pelo ácido da aversão, do esquecimento, do medo, da solidão, sofrendo calado, sem compartilhamento.
Ah! Lembra da pergunta do começo do texto? Ainda estou à procura de uma resposta e acho. Ainda, que só a encontrarei quando fugir desta solidão que invade.

Querer...


Querer é ser
Querer é poder
Querer é crescer
Querer é viver

Querer é ver a vida diferente
Diferente como "ser diferente"
"Ser diferente" como fugir do senso comum
Senso comum que faz perder o encanto de viver
Viver na monotonia?

Querer é tentar
Querer é crescer
Querer é crer
Querer é imaginar

Querer é seguir o horizonte sem fim
Tendo um objetivo a ser cumprido
Ao atravessar esse infinito
Que um dia terá um fim.

fevereiro 06, 2010

...Desabafo de um vestibulando fracassado...


Passar no vestibular é uma sensaçao que ainda tento sentir, mas a sensação de não passar, essa, já posso dizer como é.
Sabe no momento do parto que você vê uma mulher angustiada, doida para que tudo aquilo acabe e no final descobre que seu bebê saiu morto? Bem, podemos dizer que a mulher angustiada é o vestibulando e o bebê morto, a esperança.
Que sensação horrível é essa? É a sensação que consome muitos por dentro, consome a alma, o desejo de lutar, a esperança, a vida, mas não a fé.
O que é a fé? Segundo o Aurélio, é a firmeza na execuçao de uma promessa ou compromisso. Compromisso, este, que renova as suas forças quando estão prestes a acabar, motiva você a encontrar apoio com a sua família e, principalmente, com Deus.
Superar o problema não é nada fácil, não só para aqueles que se dedicaram, mas também para os brincalhões - palavra meio eufêmica, não acha? - que amadurecem e percebem, arrependidos, o ano jogado ao léu, podendo ter aproveitado e está hoje com seus pais e amigos.
Carnaval, Semana Santa e férias perdidas, sacrifícios para um homem, como dá um "bolo" numa gatinha ou deixar de sair com os amigos para curtir uma noite de sábado e uma madrugada de domingo, foram atitudes que tomei e acho que quase todas valeram a pena, pois fez-me ver o meu esforço, acreditando sempre que um dia chegará a minha vez.
A música Túnel do Tempo, do Frejat, tem um refrão que faz-me concluir que a atitude a ser tomada numa situação de pós-vestibular é esquecer o passado, erguer a cabeça e focar no presente. Assim, a vez de cada um chegará.

Tunel do Tempo
http://letras.terra.com.br/frejat/82492/

Por que, Lua?



Oh Lua

Por que tu me fazes lembrar a minha infância perdida?

Por que tu me fazes lembrar as minhas tarefas vencidas?

Por que tu me fazes lembrar amores ou paixões recentes?

Por que tu me conquistas com este teu brilho e este tracejado insinuante e vivente?

Por que se apresentas timida se nem ao menos estás nua?

Lua

Por que me fazes refletir a minha existência?

Por que me fazes ser um humano nessa vida com penintêcia?

Por que tu habitas no olhar de uma simples menininha?

Por que tu somes no momento em que mais preciso de ti a procura de estrelinhas?

Por que tu me trocas por tuas estrelas?
LUA, EU BRILHO TAMBÉM!

Oh! Lua... Oh! Lua... Sempre gaiatinha...

Poema dedicado a uma das suas maiores admiradoras, Lua.